Premiê de Israel diz que Irã não 'cruzou a linha' com atividades nucleares
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira que o Irã não cruzou a "linha vermelha" em seu programa nuclear. As afirmações contradizem uma avaliação feita por um ex-chefe da inteligência israelense.
Em setembro do ano passado, nas Nações Unidas, Netanyahu ilustrou o ponto em que o Irã terá acumulado urânio enriquecido em quantidade suficiente para produzir uma bomba nuclear. Ele disse, na época, que o país poderia atingir esse patamar em meados de 2013.
Na semana passada, Amos Yadlin, ex-chefe da inteligência militar israelense disse em uma conferência de segurança em Tel Aviv que "os iranianos cruzaram a linha vermelha" desenhada por Netanyahu durante a assembleia geral.
Sem fazer referências diretas a Yadlin, Netanyahu disse durante uma reunião parlamentar nesta segunda que as atividades nucleares do Irã não ultrapassaram o seu limite.
"O Irã continua com seu programa nuclear. Ele ainda não cruzou a linha que eu apresentei nas Nações Unidas, mas se aproxima sistematicamente", disse, acrescentando que não se deve permitir que o Irã "atravesse a linha".
O Irã se defende dizendo que suas atividades ligadas ao enriquecimento de urânio são para fins pacíficos como fornecimento energético e medicina.
Israel insiste na necessidade de uma ameaça militar convincente ao país e no estabelecimento de linhas claras que a atividade nuclear do Irã não pode ultrapassar.
Segundo Israel --que já emitiu advertências veladas ao Irã-- essa é a única maneira de convencer o Irã a ceder à pressão internacional, reduzir as atividades e permitir inspeções sem restrições da ONU.
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