Israel prende principal clérigo islâmico de Jerusalém por seis horas
A polícia de Israel prendeu nesta quarta-feira o mufti (autoridade religiosa muçulmana) de Jerusalém, Mohamed Hussein, por envolvimento em uma confusão entre palestinos e judeus em frente à mesquita de Al Aqsa.
Segundo o porta-voz da polícia israelense, Mick Rosenfeld, o mufti influenciou uma série de manifestantes palestinos que jogaram cadeiras contra um grupo de judeus que passavam na Esplanada das Mesquitas, o terceiro local sagrado mais importante para o islamismo.
Ele foi interrogado pelos policiais, que o liberaram após seis horas. No período, autoridades palestinas e o Egito exigiram a liberação do líder religioso, qualificando a prisão como arbitrária. Também por causa da detenção os deputados jordanianos pediram a expulsão do embaixador de Israel em Amã, Daniel Nevo.
Além da mesquita de Al Aqsa e do Domo da Rocha, construções sagradas para os muçulmanos, a chamada Esplanada das Mesquitas também é um local sagrado para os judeus, pois ali fica o Muro das Lamentações, última parte restante de uma sinagoga que foi destruída pelos romanos no ano 70 d.C.
O interrogatório do mufti coincide com a celebração do Dia de Jerusalém, que celebra o aniversário da conquista israelense de Jerusalém Oriental durante a guerra dos Seis Dias, em junho de 1967. Israel considera Jerusalém sua capital "unificada e indivisível".
No entanto, o status não é reconhecido pela comunidade internacional por não haver controle da parte oriental da cidade, que os palestinos querem usar para ser a capital de um futuro Estado. O dia é um feriado de peregrinação de judeus a Jerusalém.
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