Análise: Desafio de Azevêdo é provar que tem ideias próprias para o comércio internacional
A seleção de Roberto Azevêdo como novo diretor da OMC é sem dúvida uma vitória diplomática para o Brasil. Sob a Presidência de Dilma Rousseff, o gigante latino-americano continua a tentar construir uma reputação como grande mediador mundial, e a colocar seus candidatos no comando de organizações multilaterais.
A seleção de Azevêdo surgiu na esteira da indicação de José Graziano da Silva para a direção geral da Organização Mundial da Agricultura e Alimentos (FAO), da ONU, em 2010.
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À primeira vista, a indicação de um brasileiro para o comando da OMC não parece promissora. O Brasil não é nem de longe um proponente do livre comércio.
O Mercosul, o pacto de comércio que o Brasil ajudou a criar em 1991, não obteve sucesso. Em 2011, o Brasil buscou aprovação da OMC para retaliar contra países que praticam políticas monetárias excessivamente frouxas --uma medida claramente protecionista.
Azevêdo precisa provar que tem ideias próprias.
Sua experiência como diplomata e seu conhecimento da OMC podem ser úteis para reanimar as negociações multilaterais.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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