Advogado diz que sequestrador de Cleveland vai se declarar inocente
O advogado de Ariel Castro, 52, que confessou ter mantido três mulheres em cativeiro por mais de dez anos em Cleveland, disse nesta quarta-feira que seu cliente planeja alegar inocência das acusações de sequestro e estupro a que foi indiciado.
Na semana passada, ele admitiu o crime, em depoimento à Justiça. Castro é acusado de ter mantido em sua casa Amanda Berry, 27, Georgina DeJesus, 23, e Michelle Kinght, 32, sequestradas entre 2002 e 2004. Elas foram liberadas pela polícia na segunda (6).
A Promotoria ainda estuda acusá-lo de homicídio devido a acusações feitas por Michelle Kinght de que ele a teria agredido para provocar o aborto nas cinco vezes em que disse ter ficado grávida do algoz. Castro nega as agressões.
Segundo o advogado do sequestrador, Jaye Schlachet, ele está sob observação na cadeia onde está preso para que não cometa suicídio. Ele não informou por que razão ele alegará inocência, mas pediu à imprensa que evite tirar conclusões precipitadas sobre seu cliente.
"Ele não é um monstro e não deveria ser demonizado pela mídia", afirmou o advogado. "Pedirei à comunidade que não se apresse, que considere cada coisa antes de expressar a opinião".
Castro está preso e a fiança para libertá-lo foi estipulada em US$ 8 milhões (R$ 16 milhões). Segundo a rede de televisão americana CNN, ele não pode ter contato com outros presos e sua condição é verificada a cada dez minutos.
Ele ainda é apontado como pai de uma menina de seis anos encontrada na casa de Cleveland. A criança é filha de Amanda Berry, que foi sequestrada em 2003.
Os irmãos do sequestrador, Onil e Pedro, chegaram a serem presos, mas foram liberados por falta de provas. Na segunda (13), eles chamaram o irmão de "monstro" e disseram que a família recebeu ameaças de morte após a descoberta do cativeiro.
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