Duda Mendonça fará campanha de chileno
O publicitário brasileiro Duda Mendonça vai fazer a campanha presidencial de Marco Enríquez-Ominami no Chile. O ex-deputado está em terceiro nas pesquisas, que apontam a ex-presidente Michelle Bachelet, do Partido Socialista, como favorita.
Mendonça chegou a Ominami por recomendação de Rui Falcão, presidente do PT, de quem o chileno se aproximou nos últimos anos. A notícia da parceria foi revelada pela revista "Veja".
Ominami pediu ao PT que não fizesse campanha para Bachelet e tratasse os dois candidatos de esquerda de forma equânime. Já em 2009, quando concorreu pela primeira vez à Presidência e obteve 20% dos votos, ele se encontrou com o então presidente Lula no Brasil.
Alan Marques - 20.out.2009/Folhapress | ||
Em fotografia de 2009, o presidente Lula recebe o ex-produtor de cinema Marco Enríquez-Ominami no Brasil |
Em outubro passado, Falcão apresentou ao chileno primeiramente a dupla Luis Favre-Valdemir Garreta, responsável pela campanha que levou Ollanta Humala à Presidência do Peru. As negociações se estenderam até abril, mas não foram adiante.
A parceria acabou sendo fechada com Mendonça, que foi responsável pela campanha vitoriosa de Lula em 2002, virou réu no processo do mensalão e foi absolvido pela Justiça no ano passado.
Fontes da equipe de Ominami confirmaram à Folha que o contrato ficou em torno de US$ 700 mil (cerca de R$ 1,55 milhões).
Mendonça deve ir ao Chile já na semana que vem para começar a campanha e checar as pesquisas.
Na última sondagem, publicada na sexta-feira passada pelo jornal "La Segunda", Bachelet tinha 39% das intenções de voto.
O ex-ministro da Economia Pablo Longueira, candidato do presidente conservador Sebastian Piñera, tinha 25%, e Ominami aparecia em terceiro, com 7%. Os indecisos são 21%. As eleições acontecem em 17 de novembro.
Cineasta e produtor de TV, Ominami, 40, foi deputado socialista e criou seu próprio partido, o Progressista (PRO).
Filho de lideranças históricas da esquerda chilena, ele foi criado no exílio na França --seu pai morreu na clandestinidade em 1974, abatido pelas forças do general Augusto Pinochet.
É casado com a jornalista Karen Doggenweiller, 43, popular apresentadora de TV no país, que vai se licenciar para acompanhar o marido.
Ele lançou oficialmente sua campanha no sábado, propondo um plebiscito que possa convocar uma Assembleia Constituinte para promover uma reforma constitucional.
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