Cuba afirma que armas em navio norte-coreano são suas
Cuba declarou nesta terça-feira que as armas encontradas em um navio norte-coreano retido no Panamá são suas e que seguiam para reparo e posterior devolução à ilha, segundo o ministério cubano das Relações Exteriores.
"No navio citado (cargueiro Chong Chon Gang) são transportadas 240 toneladas de armamento defensivo obsoleto -- duas baterias de mísseis antiaéreos Volga e Pechora, nove mísseis em partes, dois aviões Mig-21 Bis e 15 turbinas deste tipo de aparelho -- tudo fabricado em meados do século passado -- para ser reparado e devolvido ao nosso país", afirma a chancelaria em declarações à TV estatal cubana.
Panamá acusa Coreia do Norte de esconder armas em navio cargueiro
Carlos Jasso /Reuters | ||
Objeto em forma de míssil encontrado por autoridades panamenhas em navio norte-coreano |
"Os acordos firmados por Cuba nesta esfera se sustentam na necessidade de manter nossa capacidade defensiva para preservar a soberania nacional", destaca a chancelaria em nota oficial, divulgada quase 24 horas após o Panamá informar que encontrou as armas no cargueiro norte-coreano.
O Panamá segue inspecionando o navio norte-coreano procedente de Cuba no qual foram encontrados, sob toneladas de açúcar, sistemas de disparo de mísseis antiaéreos de fabricação russa.
"Começamos a descarregá-la encontramos contêineres que acreditamos que contenham um equipamento sofisticado de mísseis e isso não é permitido", disse o presidente Ricardo Martinelli, um dono de supermercados que entrou para a política há poucos anos.
SANÇÕES DA ONU
Graças a sanções decorrentes do programa nuclear norte-coreano, impostas desde os testes de outubro de 2006, os membros da ONU (Organização das Nações Unidas) estão proibidos de fornecer, vender ou transferir à Coreia do Norte, direta ou indiretamente, armamentos como mísseis e sistemas e teconologias correlatos.
A exceção são armamentos "leves", como pistolas policiais.
A resolução mais recente, aprovada em março, autoriza todos os países a inspecionar carregamentos em trânsito por seus territórios originários da Coreia do Norte ou a ela destinados, desde que haja suficientes evidências de que pode violar resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
"O Panamá obviamente tem uma responsabilidade importante de garantir que o Canal do Panamá seja utilizado para comércio seguro e legal", disse a embaixadora americana Rosemary DiCarlo, hoje presidente do Conselho de Segurança.
Segundo uma firma de análise de defesa ouvida pelo jornal inglês "Guardian", a fotografia indica que os armamentos tranposrtados eram sistemas de disparo em terra de mísseis aéreos controlados por radar.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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