Brasil vê com cautela adesão de Quito a bloco
O Mercosul assinou o protocolo de adesão da Bolívia na cúpula de Brasília, em dezembro. Agora, seu ingresso precisa ser aceito por todos os Parlamentos dos membros do bloco.
O Legislativo da Venezuela -que ingressou em dezembro no bloco- foi o único que já aprovou a adesão boliviana; no Brasil, o protocolo ainda tramita pelos ministérios.
O Equador, no entanto, ainda está em processo de "diálogo exploratório".
Apesar do interesse "firme" de ingresso já anunciado formalmente pelo presidente Rafael Correa, fontes do governo brasileiro veem com cautela a adesão de Quito, que tem enviado "sinais contrários".
Um deles seria a conclusão de um acordo do Equador com a União Europeia, que deve ser finalizado "em oito a dez meses", segundo Correa -antes da entrada do país no Mercosul. O bloco sul-americano tenta fazer avançar as negociações para um acordo de livre-comércio com a UE, iniciadas em 1999.
O embaixador equatoriano no país afirma que Quito prefere negociar primeiro os termos de adesão ao Mercosul -em uma comissão formada por equatorianos e integrantes do bloco- antes de solicitar formalmente sua inclusão no grupo.
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