Israel inclui 91 colônias na Palestina em lista de 'prioridade nacional'
O governo israelense incluiu neste domingo 91 colônias judaicas em território palestino ocupado na lista de cidades e comunidades consideradas de "prioridade nacional", que recebem subsídios e benefícios fiscais para fomentar seu desenvolvimento.
Entre os críticos da mudança, Yariv Openheimer, da ONG israelense Paz Agora, questionou a iniciativa: "O governo incluiu 91 assentamentos entre as 600 localidades que receberão benefícios. Isso significa que quem quiser viver nos assentamentos receberá benefícios, o que leva a questionar a vontade do governo de alcançar a paz".
Para Openheimer, está claro que o executivo liderado por Benjamin Netanyahu "não é sério quanto a suas intenções de sair dos assentamentos se está investindo dinheiro nele".
Segundo a ONG Paz Agora, das 91 colônias incluídas na lista, 75 estão fora dos grandes assentamentos.
Algumas delas estão entre as que não se preveem que fiquem sob soberania israelense após a assinatura de um eventual acordo de paz.
Segundo o site "Ynet", a aprovação gerou divergências entre a ministra da Justiça e negociadora no processo de paz com os palestinos, Tzipi Livni, e o ministro da Economia e defensor da colonização da Palestina, Naftali Benet.
"Devemos continuar estimulando a construção na Judéia e na Samaria (nomes bíblicos para a Cisjordânia)", disse Benet, após Livni comentar que não deveriam ser incluídas na lista as comunidades "perigosas".
O ministro de Proteção Ambiental, Amir Peretz, criticou a medida e assegurou que se trata de "uma questão política e não de prioridade nacional, que vai contra os esforços de promover a paz".
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