Capriles diz que vai tentar impugnar eleições da Venezuela em instâncias internacionais
Candidato derrotado à Presidência da Venezuela, o governador de Miranda, Henrique Capriles, 41, disse nesta terça-feira que deu por "esgotada" a tentativa de questionar o resultado das eleições e de abril na Justiça venezuelana e que vai recorrer a instâncias internacionais.
Capriles não esclareceu a quais organizações pretende procurar para invalidar as presidenciais que deram a vitória ao chavista Nicolás Maduro por apenas 1,49% dos votos de diferença.
A Justiça da Venezuela, alinhada do governo, rejeitou os pedidos de impugnação de Capriles. Para analistas, é igualmente improvável que o opositor tenha êxito em sua empreitada internacional. No caso remoto de que tenha, será igualmente difícil que sua vitória seja reconhecida internamente.
Ao mesmo tempo em que segue questionando o resultado das urnas, Capriles defendeu nesta terça que os militantes da oposição votem nas eleições municipais marcadas para 8 de dezembro.
"Do ponto de vista eleitoral, falar de ilegitimidade [dos resultados de abril] não é atrativo. Mas teria sentido se Capriles usa isso como estratégia paralela deixando o governo sempre em foco na questão do desequilíbrio das condições de campanha e ele se dedica a buscar conexão com o eleitorado", disse à agência AFP Luis Vicente León, do instituto de pesquisas Datanálisis.
REFERENDO
Capriles disse que pretende usar os meios possíveis na Constituição para tentar encerrar antecipadamente o mandato de Maduro, que vai até 2019.
"Aqui vamos fazer uso da Constituição para nos livrar desse governo no tempo que a Constituição permite. Não temos que esperar seis anos", disse.
O opositor já falou em convocar uma Constituinte. Outra possibilidade prevista na Carta é o referendo revogatório de mandato, mas ele só pode ser acionado legalmente na metade do mandato de Maduro.
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