Cameron volta de férias e convoca Parlamento para avaliar ataque à Síria
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, interrompeu as férias e convocou o Parlamento para votar na quinta-feira um pedido de autorização para intervir militarmente na Síria.
O gesto abre caminho para um eventual ataque do Reino Unido ao regime do ditador Bashar al-Assad e amplia a pressão sobre o presidente dos EUA, Barack Obama.
De volta a Londres, Cameron acusou o governo sírio de atacar a população civil com armas químicas e prometeu dar uma resposta "clara" ao país.
Ele informou que o presidente da Câmara dos Comuns, John Bercow, concordou com a convocação extraordinária dos deputados, que só voltariam do recesso de verão (Hemisfério Norte) na próxima segunda-feira (2).
"Haverá uma clara moção do governo e uma votação sobre a resposta do Reino Unido aos ataques com armas químicas", afirmou Cameron, no Twitter.
A oposição trabalhista não deve se opor ao eventual ataque. Também nesta terça-feira, o ex-premiê Tony Blair publicou artigo no jornal "The Times" em defesa de uma intervenção militar na Síria.
Mais cedo, um porta-voz de Cameron afirmou que o governo já prepara um plano de ação na Síria e classificou o uso de armas químicas como "aberrante e inaceitável".
A iniciativa do primeiro-ministro indica que o governo britânico não está disposto a esperar um parecer das Nações Unidas, que enviaram inspetores à Síria para examinar o possível uso de gás sarin contra civis.
A crise se precipitou neste fim de semana com a divulgação de imagens de centenas de vítimas de um suposto ataque do regime na periferia de Damasco.
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