Líder supremo do Irã diz que EUA sairão derrotados em ataque à Síria
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse nesta quinta-feira que os Estados Unidos usam o suposto ataque com armas químicas como pretexto para interferir na Síria. Para ele, Washington será derrotada com qualquer intervenção militar ao país árabe.
A República Islâmica é um dos principais aliados do ditador Bashar al-Assad, a quem os americanos acusam de ter ordenado um ataque químico em 21 de agosto, na periferia de Damasco. Segundo relatório da inteligência americana, a ação deixou 1.429 mortos, sendo 426 crianças.
Caso confirmados os números, seria o saldo de mortes mais alto causado por um ataque químico em 25 anos. Além dos Estados Unidos, a França, a Turquia e países do golfo Pérsico, como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Kuait, pretendem compor a coalizão para realizar a ação armada.
Em reunião do Conselho de Estado iraniano, Khamenei disse acreditar que os Estados Unidos "sentiram o impacto dos erros cometidos na Síria". "O ataque com armas químicas é um pretexto. Os americanos tentam jogar com as palavras e fingem que se envolveram neste caso com objetivos humanitários".
Na quarta (4), a agência de notícias Fars informou que o chefe da elite militar do Irã Quds, Qassem Soleimani, disse ao mesmo conselho do Estado que a República Islâmica daria "suporte a Síria até o fim". Mas a resposta do Irã ao ataque com armas químicas nos últimos dias sugere um desentendimento nos corredores do poder.
Em contraste com os comandantes militares, o governo do presidente Hassan Rowhani, que é considerado moderado, condenou o uso de armas químicas e alertou contra ofensivas militares na Síria, mas não apontou nenhum culpado pelo ataque.
O governo de Assad negou responsabilidade e culpou o que chamou de uma provocação feita por rebeldes com a intenção de causar uma intervenção militar internacional a seu favor no conflito que já dura dois anos e meio.
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