Cameron cobra de Dilma posição sobre a Síria
O premiê britânico David Cameron cobrou do Brasil, e da África do Sul, apoio a algum tipo de ação na Síria ao dizer que não basta culpar a Rússia e a China por bloquearem proposições no Conselho de Segurança.
"Obama está certo em defender a lei internacional e o princípio da responsabilidade em proteger, e é importante argumentar com a África do Sul, o Brasil e outros" antes de apontar o dedo para russos e chineses, disse Cameron.
Responsabilidade em proteger é um princípio aprovado pela ONU em 2005 no qual a comunidade internacional se diz habilitada a interferir num país se seu governo não quiser ou não puder proteger os cidadãos.
A afirmação do premiê foi feita no longo debate sobre a Síria que ocupou todo o jantar de inauguração da cúpula do G20, iniciado na quinta-feira e terminado depois de 2h de ontem.
Dilma disse que o Brasil repudia o uso de armas químicas, que considera "crime hediondo". Mas ela não explicitou qual dos dois lados da guerra civil síria praticou esse crime.
Dilma definiu a posição brasileira em três pontos:
1 -- Só a ONU tem mandato para definir uma intervenção militar.
2 -- O Brasil apoia as investigações encarregadas pela secretaria-geral das Nações Unidas [sobre o uso de armas químicas].
3 -- "O importante é buscar uma solução política para o conflito", para o que, segundo a presidente, o ideal seria convocar a chamada Genebra 2, uma conferência que deveria ser "um mecanismo de construção da paz na região".
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