Rússia reforça segurança em Volgogrado, onde ataques mataram 33
Subiu para 33 o número de mortos nos dois atentados que atingiram a cidade de Volgogrado, na Rússia, no domingo (29) e na segunda (30). Devido aos ataques terroristas, a polícia russa realiza uma megaoperação para prender suspeitos de envolvimento com grupos separatistas e radicais islâmicos.
O presidente Vladimir Putin também ordenou o reforço da segurança em todo o país após os atentados, que ainda não foram reivindicados por nenhum grupo. A explosões acontecem a seis semanas das Olimpíadas de Inverno de Sochi, resort próximo ao mar Negro e a repúblicas separatistas.
Segundo o porta-voz do Ministério de Situações de Emergência de Volvogrado, Dmitri Ulanov, morreram a 18ª vítima da explosão na estação ferroviária da cidade, no dia 29, e um dos passageiros do trólebus atingido por uma bomba ontem, chegando a 15 mortos. Outras 73 pessoas ficaram feridas.
Segundo a agência de notícias Interfax, o principal suspeito do ataque de domingo é um homem de etnia russa que se converteu ao islamismo e se mudou para a república separatista do Daguestão em 2012 para aderir a grupos radicais. Também era o homem o terrorista suicida que atacou o trólebus na segunda.
Nesta terça, o vice-procurador do Daguestão, Ruslan Gasanov, foi morto após a explosão de uma bomba colocada em seu carro, estacionado na porta de sua casa em Buynanks. O promotor era responsável por uma série de prisões e investigações contra grupos radicais islâmicos.
SEGURANÇA
O chefe do Kremlin ordenou ao Comitê Nacional Antiterrorista, que coordena o trabalho de todas as forças de segurança do país na luta contra o terrorismo, que reforce os protocolos de segurança em todo o território nacional para prevenir novos ataques.
Na cidade, cerca de 5.200 policiais e forças de segurança do Ministério do Interior iniciaram uma operação que até o momento prendeu 87 pessoas e apreendeu algumas armas. No entanto, não há sinal de envolvimento dos presos com os atentados.
A agência de notícias Itar-Tass informou que o foco tem sido trabalhadores e imigrantes vindos do Cáucaso e de ex-repúblicas soviéticas, o que despertou a irritação de grupos de direitos humanos que acusam o governo de discriminação.
Essa medida foi considerada insuficiente pelo ultranacionalista Partido Liberal Democrático da Rússia, que pediu a instauração do regime de operação antiterrorista, uma espécie de estado de exceção, em toda a região de Volgogrado e também nas vizinhas Stavropol e Astrakhan.
O líder dos ultranacionalistas, Vladimir Zhirinovsky, exigiu, além disso, a reinstalação da pena de morte para punir os crimes de terrorismo. Enquanto isso, o Partido Comunista da Rússia pediu que Putin suspendesse as celebrações de Ano Novo e decrete luto nacional.
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