Regime sírio afirma que imagens de tortura em massa são falsas
O Ministério da Justiça da Síria afirmou, em um comunicado divulgado hoje pela agência de notícias estatal Sana, que as imagens de tortura em massa no país são "falsas".
A nota foi a primeira reação oficial síria após a divulgação de um relatório que culpa o regime de Bashar al-Assad pela tortura e morte de milhares de detentos em instalações oficiais.
O material havia sido preparado por especialistas legais e forenses a partir de imagens de um desertor sírio que alega ter trabalhado em um hospital militar, onde registrara os cadáveres.
O Ministério da Justiça afirma que o relatório –patrocinado, em parte, pelo Qatar– é "politizado e carece de objetividade e profissionalismo", trazendo as imagens de "terroristas estrangeiros".
A divulgação das fotografias havia coincidido com o início da conferência de paz na Suíça, aberta hoje em Montreux, dando força ao argumento de que o regime de Assad, em sua violenta repressão, não tem mais legitimidade para seguir no governo da Síria.
Esse é um dos pontos defendidos, por exemplo, pelo secretário de Estado americano, John Kerry. Qatar e Arábia Saudita estão entre os mais fortes aliados da oposição síria, que desde março de 2011 tenta retirar o ditador do país. Mais de 100 mil já foram mortos, desde então.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis