Parlamento russo dá a Putin aval para enviar tropas à Crimeia
O presidente russo, Vladimir Putin, obteve neste sábado da câmara alta do Parlamento russo autorização para enviar forças armadas à região da Crimeia, na Ucrânia. A decisão possui efeito imediato.
Mais cedo, o líder da Duma (a câmara baixa), Sergei Naryshkin, já havia pedido a Putin que "adotasse medidas para estabilizar a situação na Crimeia e usasse todos os meios disponíveis para proteger a população da Crimeia da tirania e da violência".
Conforme a agência russa de notícias, Interfax, os parlamentares também afirmaram que "é impossível" realizar eleições "legítimas e democráticas" na Ucrânia no momento.
Embora tenha maioria étnica russa, a Crimeia é uma região autônoma pertencente à vizinha Ucrânia.
Mais cedo, o chefe do Executivo da Crimeia, Sergei Aksionov, já havia pedido ajuda ao presidente russo, Vladimir Putin, para "restabelecer a paz e a tranquilidade" na região.
No mesmo comunicado, ele também anunciou a decisão de pôr todas as forças de segurança locais sob seu controle pessoal. Segundo ele, ocorreram distúrbios na região com o uso de armas de fogo e as estruturas de segurança são incapazes de restabelecer a ordem de maneira efetiva.
Aksionov foi nomeado primeiro-ministro no último dia 27 pelo Parlamento da Crimeia, que destituiu o governo anterior e, além disso, aprovou a convocação de um referendo para ampliar a autonomia da região, que será realizado no dia 25 de maio.
David Mdzinarishvili/Reuters |
Homem armado guarda prédio do governo de Crimeia, na cidade de Simferopol |
ENTENDA |
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Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores russo se disse "extremamente preocupado" com a situação no país vizinho, em especial uma tentativa de invasão do prédio do Ministério do Interior, na Crimeia, por "homens armados não identificados".
TOMADA
Neste sábado, forças russas tentam tomar o controle de uma base de mísseis antiaéreos na Crimeia, e foi confirmado que o aeroporto internacional de Simferopol, a principal cidade da região, foi fechado.
Homens armados que o governo interino de Kiev identifica como russos também dominam, desde a sexta (28), os aeroportos de Belbek, que fica perto de Sebastopol, e Kirovskoye.
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