Reino Unido quer discutir saída definitiva da Rússia do G8
O governo britânico acredita que a expulsão da Rússia do G8 deve ser discutida durante a reunião que será realizada na próxima segunda-feira, em Haia, com os demais países do grupo, declarou nesta quarta-feira o primeiro-ministro David Cameron.
"Acredito que temos de discutir se expulsaremos, ou não, permanentemente a Rússia do G8, caso ela tome mais medidas" que promovam uma escalada na Ucrânia, disse Cameron no Parlamento.
O G8 – os sete países mais industrializados do mundo e a Rússia – é integrado por Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Japão.
"Apoio firmemente a reunião dos países do G7 na segunda-feira. É importante que nos movamos na mesma direção que nossos aliados e sócios", explicou.
Segundo Downing Street, Cameron conversou por telefone sobre a Ucrânia com a chanceler alemã, Angela Merkel. Ambos concordaram que a "União Europeia deve tomar outras medidas contra a Rússia", além das já anunciadas.
O presidente russo, Vladimir Putin, assinou na terça-feira o tratado que incorpora a província ucraniana da Crimeia à Rússia, ignorando as ameaças ocidentais.
A Ucrânia e as potências ocidentais condenaram o tratado, assinado ao término de um discurso patriótico, no qual Putin afirmou que a península sempre foi considerada parte da pátria russa.
OTAN
O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, considerou nesta quarta-feira que a incorporação da Crimeia por parte da Rússia constitui a ameaça "mais grave" para a estabilidade da Europa desde a Guerra Fria.
"Vivemos outras crises na Europa nos últimos anos: os Bálcãs nos anos 90, a Geórgia em 2008. Mas esta é a ameaça mais grave à segurança e à estabilidade da Europa desde o fim da Guerra Fria", ressaltou no documento de um discurso que deve pronunciar nesta quarta em Washington.
A situação é mais séria pelo tamanho das ações da Rússia, que realizou uma das maiores movimentações de tropas na Europa "em décadas", e porque isso aconteceu "bem na fronteira dos territórios da Otan", afirmou.
Ele exige que Moscou interrompa todas as operações militares e que busque um diálogo pacífico com o governo ucraniano.
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