Naufrágio na Coreia do Sul deixa dois mortos e 290 desaparecidos
O governo da Coreia do Sul informou que o resultado provisório do naufrágio de um navio de passageiros nesta quarta-feira no sudoeste do país é de dois mortos e mais de 290 desaparecidos, o que eleva a estimativa oficial anterior de 107 pessoas de paradeiro desconhecido.
A embarcação Sewol afundou a cerca de 20 quilômetros da ilha de Byeongpyung com 476 passageiros a bordo, dos quais 325 eram estudantes em excursão à ilha de Jeju.
Quando o navio emitiu um pedido de socorro às 9h locais (21h de Brasília da terça-feira), as equipes de resgate mobilizaram embarcações e helicópteros para a evacuação dos passageiros, mas o naufrágio aconteceu mais rápido do que o esperado. Cinco horas depois de a embarcação ter começado a afundar, as autoridades estimaram em 368 o número de resgatados, mas posteriormente reconheceram que houve um erro de cálculo e que, às 15h30 locais (3h30 de Brasília), ainda restavam 290 passageiros cujo paradeiro é desconhecido, segundo a agência local "Yonhap".
Teme-se que muitos tenham ficado presos dentro do navio, o que, no pior dos casos, poderia causar a maior tragédia humana em anos no país asiático e o mais grave acidente naval desde que 300 pessoas morreram em um naufrágio no litoral oeste do país em 1993.
No entanto, também foi ventilada a possibilidade que alguns dos desaparecidos tenham sido resgatados por barcos pesqueiros particulares que passavam pelo local e ainda não foram contabilizados.
A Guarda Costeira sul-coreana confirmou a morte de duas pessoas, uma mulher de 27 anos e integrante da tripulação e um homem não identificado que chegou a ser levado para um hospital, mas não resistiu.
As equipes de emergência enviaram mergulhadores ao local para buscar por desaparecidos nas águas. Pelo menos 22 embarcações de resgate e 11 helicópteros trabalharam sem descanso no local nas últimas horas.
As imagens de emissoras sul-coreanas mostram a embarcação tombada e quase totalmente submersa, além de cenas gravadas anteriormente do resgate de passageiros pelos serviços de emergência enquanto o navio afundava pouco a pouco.
Os feridos foram transferidos para o hospital da cidade litorânea de Mokpo, próxima do local do acidente.
Quanto aos motivos do naufrágio, os relatos indicam que o casco do navio teria se rompido após uma colisão com um recife submarino.
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