Após polêmica, Vaticano diz que carta do papa à Argentina é verdadeira
Uma carta do papa Francisco à presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que foi considerada falsa por um padre, "é certa e verdadeira", afirmou nesta sexta-feira (23) o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.
Na correspondência, o pontífice, que é argentino, parabeniza o país pela Revolução de Maio, que deu início ao processo de independência argentino, comemorado no próximo domingo (25).
Na quinta (22), o monsenhor Guillermo Karcher, que trabalha no cerimonial do Vaticano, havia dito ao canal de televisão argentino C5N que a carta "era falsa e de má fé". "É um artista que fez essa colagem. É para ficar surpreso, nunca aconteceu nada assim".
Diante da acusação levantada, o secretário-geral da Presidência, Oscar Parrilli, e o secretário de culto do país foram à TV para dizer que a carta era verdadeira e seguiu o protocolo de sempre: saiu da nunciatura ("embaixada" da Igreja) e foi para o governo.
O representante do Vaticano na Argentina, Emil Paul Tscherrig, deu uma entrevista coletiva às pressas para explicar sua ação no caso. Ele disse que a Igreja argentina não chegou a dizer que a carta era falsa. Houve "uma confusão, que não vem desta casa, desta nunciatura", afirmou.
Por fim, Federico Lombardi, o porta-voz do papa, desmentiu o argentino Karcher, disse que a carta é "o mecanismo habitual para as festas nacionais".
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