Republicanos nos EUA aprovam projeto para conter imigração
A maioria republicana na Câmara dos Deputados dos EUA, oposição ao governo do presidente Barack Obama, aprovou ontem um projeto que prevê destinar US$ 694 milhões para aumentar a segurança na fronteira com o México e impedir menores desacompanhados de imigrar para o país.
Estima-se que, desde outubro, cerca de 60 mil crianças e adolescentes de El Salvador, Honduras e Guatemala tenham entrado ilegalmente nos EUA, fugindo da pobreza e das gangues de narcotraficantes que atuam nos seus países.
A aprovação do projeto, por 223 votos a 189, ocorreu um dia depois de os republicanos mais conservadores, ligados ao movimento Tea Party, rejeitarem uma versão anterior do texto, expondo mais uma vez a divisão entre seus ativistas e as alas mais tradicionais do partido.
O Senado —para onde o projeto segue após a aprovação da Câmara–, porém, já está em recesso de verão de cinco semanas, o que significa que o texto não deve ser discutido antes de setembro. Além disso, a maioria nessa Casa é do partido de Obama, o Democrata, e se espera que ela derrube a proposta de lei.
"Nós não poderíamos ir para casa [para o recesso] sem uma decisão", disse a deputada Kay Granger, do Texas, que ajudou a redigir o projeto original. Para ela, a proposta servirá como um marco para as negociações em setembro visando resolver a crise humanitária dos imigrantes.
Os democratas alegam que o texto, do jeito que está, faria as crianças imigrantes voltarem rapidamente a condições perigosas em seus países de origem, e o próprio presidente Obama chamou o projeto republicano de "extremo" e "impraticável".
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