Coalizão bombardeia posições do EI perto de enclave curdo na Síria
Os aviões da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos bombardearam nesta terça-feira (30) posições da facção radical Estado Islâmico (EI) perto da cidade curda de Kobani, na Síria, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
A ONG disse que a força internacional lançou ataques aéreos contra vários povoados ao leste e ao oeste da cidade, cercada pelo EI desde o dia 16 de setembro.
Os extremistas intensificaram na segunda (29) o disparo de foguetes contra Kobani e alguns caíram no território turco. Quase 20 foguetes lançados contra o centro da cidade deixaram três mortos, segundo a ONG.
A coalizão também bombardeou as imediações da localidade de Tall Abyad, na fronteira com a Turquia e situada na província de Raqqa (norte), principal reduto do EI.
Os ataques aéreos também apontaram para dois locais sob controle do EI na província de Deir al-Zor (leste), um acampamento de treinamento e uma área transformada em sede pelos jihadistas, anunciou o OSDH.
Na província de Deir al-Zor, na cidade de Abu Kamal, na fronteira com o Iraque, o EI executou dois de seus combatentes, um sírio e outro iraquiano, acusados de "saquear a riqueza dos muçulmanos" e de colaborar com o regime de Bashar al-Assad.
O Observatório afirmou que o número de mortos no bombardeio de segunda contra um quartel do EI entre as aldeias de Manbech e Yarabulus, na província de Aleppo, aumentou para 13.
O Estado Islâmico proclamou no final de junho um califado no território que controla na Síria e no Iraque. Desde agosto, EUA e aliados bombardeiam os extremistas no Iraque. Já na Síria, os ataques começaram em setembro.
MORTOS
Pelo menos 233 pessoas morreram na Síria desde o início, há uma semana, da ofensiva aérea dos Estados Unidos e de seus aliados contra o EI, afirmou nesta terça-feira o diretor do Observatório, Rami Abderrahman.
O ativista informou que pelo menos 211 combatentes rebeldes morreram desde o início dos ataques, em 23 de setembro.
Deste número, estão incluídos pelo menos 60 membros da Frente al Nusra, braço da Al Qaeda na Síria.
Além disso, pelo menos 22 civis morreram nos bombardeios da coalizão internacional.
Os ataques tiveram como alvo posições e bases do EI nas províncias de Raqqa, Deir al-Zor, Hasaka, Aleppo e Idlib, todas no norte da Síria, assim como instalações petrolíferas em mãos da organização extremista sunita.
No primeiro dia dos bombardeios, as forças internacionais também atacaram o grupo Khorasan, que supostamente planejava um atentado contra os EUA e era composto por veteranos da Al Qaeda.
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