Após sequestro de jovens, presidente do México promete mudar polícia
Pressionado pelo desaparecimento e pela provável morte de 43 estudantes no Estado de Guerrero (sudoeste do México) em setembro, o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto (PRI), anunciou em discurso a líderes partidários que vai propor mudanças constitucionais para reformar a polícia no país.
Segundo investigações, os 43 estudantes foram sequestrados pela polícia na cidade de Iguala e entregues a traficantes locais; depois disso, teriam sido mortos e incinerados pelos criminosos. Acusados de serem os mandantes do crime, o ex-prefeito de Iguala e sua mulher foram presos no dia 4.
"O México não pode continuar assim. Depois de Iguala, o país tem de mudar", discursou Peña Nieto, que tem sido alvo de protestos e acusado de omissão diante do sequestro.
O presidente disse que enviará ao Congresso projeto para unificar as forças policiais no Estados e fará uma operação especial de segurança no sudoeste mexicano, uma das áreas mais afetadas pela violência do tráfico. Prometeu, ainda, programas para impulsionar a economia da região.
CORPOS SEM CABEÇA
Também nesta quinta, 11 cadáveres mutilados, muitos deles sem cabeça, foram encontrados à beira de uma estrada em Guerrero, na cidade de Chilapa. Até a conclusão desta edição, os corpos –alguns dos quais carbonizados– ainda não haviam sido identificados.
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