Oposição republicana critica Obama por retomar laços com Cuba
A oposição republicana nos EUA reagiu com críticas ao anúncio da retomada de relações diplomáticas entre EUA e Cuba, feito na tarde desta quarta (17) pelo presidente americano, Barack Obama, e pelo ditador cubano, Raúl Castro.
"Relações com o regime dos Castro não deveriam ser revisitadas, muito menos normalizadas, até que o povo cubano desfrute de liberdade", afirmou o presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, o republicano John Boehner.
Os senadores John McCain e Lindsey Graham, duas das principais vozes do partido republicano em matéria de política externa, criticaram as medidas de Obama em um comunicado conjunto.
Para eles, a mudança de política reflete "o declínio da América e dos valores que ela representa".
Doug Wills/Reuters | ||
Presidente Barack Obama anuncia mudança histórica da política dos EUA em relação a Cuba |
"[O acordo desta quarta] É sobre o apaziguamento de ditadores autocráticos, vândalos e adversários, diminuindo a influência da América ao redor do mundo", declararam os senadores.
Tanto McCain como Graham ocuparão posições importantes no Senado americano a partir de janeiro de 2015, quando o partido democrata de Obama perderá o controle da Casa para os republicanos, após a expressiva vitória da oposição nas eleições legislativas de novembro passado.
McCain será chefe do Comitê de Serviços Armados do Senado, e Graham irá liderar um subcomitê responsável por supervisionar os gastos do Departamento de Estado, incluindo a futura embaixada em Havana.
"A Casa Branca cedeu tudo, mas ganhou pouco", disse Marco Rubio, senador republicano pela Flórida e um cubano-americano.
Rubio disse que vai se opor aos esforços da Casa Branca para confirmar embaixadores e financiar embaixadas americanas a fim de manter a pressão sobre o governo dos EUA em relação a Cuba.
O governador da Flórida, o republicano Rick Scott, classificou como "inconcebível" a libertação de três dos Cinco Cubanos, em troca do americano Alan Gross, mantido prisioneiro em Cuba há cinco anos.
"Enquanto Cuba eleger a ditadura sobre a democracia, vou seguir apoiando o embargo e as sanções contra eles", afirmou Scott.
DEMOCRATA
Apesar de integrar o partido do presidente Barack Obama, o senador democrata Robert Menendez, que é cubano-americano, também criticou a reaproximação anunciada nesta quarta.
"As mudanças regulatórias de hoje claramente pretendem contornar o espírito da lei dos EUA e o Congresso americano", afirmou Menendez, que será o líder democrata no Comitê de Relações Exteriores do Senado a partir de janeiro.
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