Colômbia rejeita trégua unilateral das Farc
O governo colombiano rejeitou nesta quinta (18) a trégua unilateral declarada pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), afirmando que as condições exigidas pelos guerrilheiros são inaceitáveis até que se obtenha um acordo de paz.
Em discurso na região oeste do país, o presidente Juan Manuel Santos afirmou que não renunciará ao dever constitucional de garantir a segurança dos cidadãos.
Foi uma resposta à declaração das Farc, que na quarta-feira (17) se disseram dispostas a depor as armas por período ilimitado, a partir desde sábado (20), para reforçar a negociação de paz que vem sendo empreendida em Cuba nos últimos dois anos.
Os guerrilheiros também disseram, porém, que encerrariam o cessar-fogo caso fossem atacados pelo Exército colombiano -condição que levou o governo a rejeitar a proposta, por medo de que ela propicie aos rebeldes chances para se rearmarem.
Santos afirmou também que não poderia aceitar a demanda das Farc de uma trégua verificada pela Cruz Vermelha e por outros países latino-americanos. "Essa verificação externa terá de esperar até que cheguemos a um acordo para encerrar 50 anos de hostilidades", disse ele.
O presidente afirmou, no entanto, que "valoriza" o gesto dos guerrilheiros no sentido de apontar para o fim de um conflito que ainda deixa centenas de mortos anuais.
É a primeira vez desde a década de 1980 que as Farc se dizem dispostas a depor as armas por tempo indeterminado.
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