Sony anuncia que exibirá filme que motivou ataque hacker
O estúdio Sony Pictures anunciou nesta terça-feira (23) que autorizou a exibição no Natal do filme "A Entrevista", que havia sido cancelado após ameaças terroristas de grupo supostamente ligado à Coreia do Norte.
Segundo o "New York Times" a comédia deve ficar restrita a cerca de 200 a 300 cinemas independentes dos EUA, já que as maiores redes do país teriam se recusado a exibi-la.
Inicialmente previsto para o Natal, o filme –que conta a história fictícia de um plano para matar o ditador norte-coreano Kim Jong-Un– havia sido cancelado pela Sony por exigência de um grupo hacker que vazou informações confidenciais da empresa.
Investições do FBI, polícia federal norte-americana, apontaram que os ataques tiveram envolvimento do governo norte-coreano, que, por sua vez, negou as acusações e propôs uma investigação conjunta com os EUA para provar sua inocência.
Antes da Sony confirmar a exibição do filme no Natal, donos de cinemas nos EUA anteciparam a informação.
O fundador da rede texana Alamo Drafthouse, Tim League, comemorou a liberação pelo Twitter. "Notícia urgente: A Sony autorizou a exibição de A ENTREVISTA no dia do Natal. Vamos disponibilizar ingressos em uma hora #Vitória", escreveu na rede social.
Pouco depois, um cinema em Atlanta também anunciou que exibiria a película com autorização do estúdio.
Segundo o site da CNN, o filme também deve ser vendido pela internet e por sistemas de TV a cabo.
O CASO
O filme "A Entrevista", que conta a história de um plano fictício para matar o ditador norte-coreano Kim Jong-Un, motivou um ataque hacker que expôs uma série de arquivos e documentos confidenciais da Sony, causando constrangimentos e prejuízos à empresa.
Entre as informações reveladas estavam o salário de executivos da empresa e emails de funcionários ofendendo personalidades como Barack Obama, Angelina Jolie e Leonardo di Caprio.
Para cessar os vazamentos, os ciberterroristas exigiam que o lançamento do filme fosse cancelado.
Em um primeiro momento, a Sony cedeu às exigências e anunciou que cancelaria a exibição do filme porque os donos das salas de cinema não estariam interessados em exibi-lo.
O anúncio gerou uma forte reação, inclusive do presidente Barack Obama, que o classificou como "um erro".
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