Polícia detém 5 no sul da França por supostos elos com jihadistas
A polícia francesa deteve nesta terça-feira (27) ao menos cinco pessoas na cidade de Lunel (sudeste da França), a 20 km de Montpellier, por uma suposta ligação com uma rede que recrutava jihadistas e os enviava para a Síria.
Segundo o jornal local "Midi Libre", a operação se iniciou às 6h30 locais (3h30 de Brasília), no centro de Lunel, isolou vários bairros da cidade e envolveu a elite da polícia francesa.
Cerca de 20 jovens de Lunel -que tem 26 mil habitantes– viajaram à Síria nos últimos meses para lutar nas fileiras do Estado Islâmico, seis dos quais, que tinham entre 18 e 30 anos, morreram no país árabe desde outubro.
O último deles havia ido à jihad acompanhado de sua mulher. Sua família soube de sua morte pouco antes do Ano-Novo.
O prefeito local nomeou um responsável para preparar um plano de ação visando que casos como esses não se repitam.
A França tem sob vigilância cerca de 1.300 indivíduos por suposta ligação com as redes jihadistas do Iraque e da Síria. O número é 30% maior do que o de monitorados há um ano.
Após o atentado ao jornal "Charlie Hebdo" e a um supermercado kosher de Paris– ambos perpetrados por jihadistas– a França aumentou a segurança e tem realizado seguidas prisões de pessoas supostamente ligadas ao terrorismo.
A França é o país europeu do qual mais saem cidadãos para a jihad. Foram cerca de 1.200 até agora.
O país faz parte da coalizão internacional liderada pelos EUA que tenta derrotar a milícia radical Estado Islâmico, que domina cidades importantes na Síria e no Iraque, onde autoproclamou um califado (estado governado por uma rígida interpretação das leis islâmicas).
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