Jordânia ainda tenta evitar que Estado Islâmico mate piloto capturado
A Jordânia afirmou neste domingo que continua se esforçando para evitar a execução do piloto jordaniano Moaz Kasasbeh, sequestrado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria, após a decapitação do jornalista japonês Kenji Goto neste sábado (31).
Mohammed al Momani, ministro e porta-voz do governo da Jordânia, condenou em comunicado o assassinato de Goto e denunciou as "práticas terroristas e o massacre do EI".
Os jihadistas divulgaram um vídeo no qual um carrasco do grupo extremista afirma que a decapitação de Goto foi motivada pela participação do Japão na coalizão internacional contra o EI no Iraque e na Síria. No entanto, Kasasbeh não é mencionado na gravação.
Al Momani explicou que a Jordânia fez o máximo possível para conseguir a libertação do jornalista japonês, aceitando até mesmo trocá-lo pela terrorista Sayida al Rishawi, condenada à morte no país. Mas o EI rejeitou todas as tentativas feitas pelas autoridades.
"A Jordânia não poupou esforços para proteger a vida do refém japonês e salvar sua vida, e estava em constante contato e coordenação com o governo japonês", afirmou o porta-voz.
Para coordenar as iniciativas dos dois países, foi criado um grupo de operações na embaixada do Japão em Amã, dirigido pelo vice-ministro japonês das Relações Exteriores, Yasuhide Nakayama.
Há 11 dias, coincidindo com a viagem do primeiro-ministro Shinzo Abe ao Oriente Médio, o EI divulgou um primeiro vídeo no qual exigia do governo japonês o pagamento de US$ 200 milhões para não executar Goto e Haruna Yukawa, morto pelos radicais há uma semana.
Após a execução de Yukawa, o EI ameaçou na última quinta-feira assassinar Kasasbeh caso a Jordânia não libertasse antes do por do sol a terrorista Sajida al Rishawi. Em troca, os jihadistas não matariam Goto e também entregariam Kasasbeh.
O governo jordaniano concordou com a troca de al Rishawi pelos dois reféns, mas voltou atrás depois de o EI não mostrar provas de que o piloto está vivo.
Al Momani afirmou que as autoridades ainda estão tentando descobrir se Kasasbeh não foi executado para conseguir trazê-lo de volta ao país a salvo.
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