Um ano após anexação, Rússia afirma que não devolverá Crimeia à Ucrânia
A Rússia reafirmou o seu controle sobre a Crimeia nesta terça-feira (17), afirmando que não devolverá a península anexada há um ano para a Ucrânia, apesar das ameaças de sanções feitas pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
"Não há ocupação na Crimeia. A Crimeia é uma região da Federação Russa e obviamente as nossas regiões estão fora de qualquer discussão", disse nesta terça o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
O Parlamento russo aprovou a anexação da Crimeia em 21 de março de 2014 após residentes da região apoiarem separar-se da Ucrânia e unir-se à Rússia, em plebiscito não reconhecido pela comunidade internacional.
"Neste primeiro aniversário do fraudulento 'referendo' na Crimeia, realizado em clara violação da lei e da Constituição ucranianas, os Estados Unidos reiteram sua condenação de uma votação que não foi voluntária, transparente, ou democrática", criticou na segunda (16) a porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki.
Psaki prometeu, ainda, que os EUA manterão as sanções econômicas sobre a Rússia enquanto a Crimeia permanecer sob controle russo.
A chefe de política externa da União Europeia, Federiga Mogherini, afirmou que o bloco manterá a sua política de não reconhecer a anexação e que manterá sanções.
A popularidade do presidente russo Vladimir Putin aumentou desde a anexação da Crimeia, região que foi entregue à Ucrânia pelo líder soviético Nikita Khrushchev em 1954.
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