No Burundi, general rebelde diz que derrubou presidente; governo nega
O general Godefroid Niyombare, do Exército do Burundi, no leste da África, anunciou nesta quarta-feira (13) a destituição do presidente Pierre Nkurunziza.
O país passa por violentos protestos desde que Nkurunziza, no poder desde 2005, anunciou que se candidataria a um terceiro mandato. Cerca de 20 pessoas morreram desde o dia 26 passado.
As eleições presidenciais serão realizadas no próximo dia 26 de junho.
A Presidência disse que a tentativa de golpe, organizada por um grupo de militares "amotinados", foi frustrada.
Porém, em mensagem que parecia direcionada aos generais e soldados ligados ao partido CNDD-FDD, no poder, o general Niyombare assegurou que conta com o apoio "de muitos oficiais do Exército e da polícia".
Imagens colocadas nas redes sociais mostravam manifestantes comemorando o golpe com militares no centro e nos bairros da capital, Bujumbura.
Com galhos de árvores nas mãos, em sinal de paz, os manifestantes gritavam: "Vitória, nós vencemos!".
Goran Tomasevic/Reuters | ||
Manifestante contrário ao presidente Pierre Nkurunziza faz barricada em Bujumbura, capital do Burundi |
FORA DO PAÍS
No momento do golpe, o presidente Nkurunziza participava, na vizinha Tanzânia, de uma reunião extraordinária com os chefes de Estado da Comunidade do Leste Africano (Burundi, Quênia, Uganda, Ruanda e Tanzânia).
No início da tarde desta quarta-feira (13), no horário local, o presidente embarcou da Tanzânia de volta para Bujumbura.
Mas, segundo informações de agências de notícias, o aeroporto da capital e as fronteiras do país haviam sido fechadas por ordem do general Niyombare.
O militar golpista pediu aos cidadãos e às forças de ordem que se dirigissem ao aeroporto da capital para garantir a sua segurança.
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