Vigília marca um mês do terremoto no Nepal; ajuda humanitária 'decepciona'
Centenas de pessoas participaram de uma vigília à luz de velas em Katmandu nesta segunda-feira (25) para marcar um mês do forte terremoto que deixou milhares de mortos no Nepal. O país, que busca se reconstruir após a tragédia, enfrenta a escassez de doações internacionais.
Os participantes da cerimônia noturna acenderam velas, escreveram mensagens e fizeram um minuto de silêncio pelas vítimas do tremor.
"Estamos aqui para rezar pela paz das pessoas que morreram e para garantir que reconstruiremos o país", disse o estudante Suresh Niraula.
Durante a tarde, cerca de 400 pessoas deram as mãos e formaram uma corrente humana em torno dos destroços da torre Dharahara, um dos principais pontos turísticos de Katmandu que foram destruídos no terremoto.
Há um mês, um terremoto de magnitude 7,8 atingiu o Nepal, destruindo o país. Uma réplica de magnitude 7,3 no dia 12 agravou a situação do Nepal. No total, mais de 8.700 pessoas morreram e 16.800 ficaram feridas.
AJUDA HUMANITÁRIA 'DECEPCIONANTE'
Devido a destruição de casas, centenas de pessoas ainda dormem em tendas e abrigos de emergência. A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que pelo menos 8 milhões de pessoas (mais de um quarto da população) necessitem de ajuda por conta dos tremores.
Atualmente, o governo e agências de desenvolvimento buscam doações para reconstruir o país. A ONU pediu 423 milhões de dólares (R$ 1,3 bilhões) para poder fornecer ajuda básica aos sobreviventes durante os próximos três meses, mas até agora foram recebidos apenas 22% desse total.
"Estou decepcionado, no sentido de que houve uma reação impressionante em termos de busca e resgate – todas as equipes que vieram fazer o trabalho o fizeram de forma impressionante e abrangente – e talvez pensem que o trabalho está encerrado", disse Jamie McGoldrick, coordenador da ONU no Nepal.
"Agora se fala em reconstrução, mas estamos tentando lembrar as pessoas de que, entre busca e resgate e recuperação, há uma fase chamada de alívio, e não podemos esquecê-la".
Editoria de arte/Folhapress | ||
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