Senado brasileiro reconhece genocídio armênio
O Senado Federal aprovou documento em que reconhece o genocídio armênio promovido pela Turquia durante a Primeira Guerra Mundial e, na prática, pressiona o governo federal brasileiro a fazer o mesmo. O centenário do extermínio foi marcado no dia 24 de abril.
A moção de solidariedade foi apresentada na terça-feira (26) pelos senadores Aloysio Nunes Ferreira e José Serra, ambos do PSDB paulista.
"Em dezenas de cidades do Império Turco-Otomano, onde conviviam pacificamente famílias de diferentes etnias, toda a população armênia masculina foi reunida à força, executada e empilhada", afirma o documento.
Os assassinatos, somados às deportações em massa para regiões desérticas, resultaram na morte de mais de 1 milhão de armênios, segundo a Associação Internacional de Estudiosos de Genocídio.
A política de extermínio é negada pelo governo da Turquia. O país admite entre 300 mil e 400 mil vítimas, mas como consequência da Primeira Guerra, em que se digladiaram na região os impérios turco e russo.
Vinte e três países reconhecem o genocídio. Na América do Sul, Argentina, Bolívia, Chile, Uruguai e Venezuela emitiram declarações nesse sentido, lista que exclui o governo brasileiro.
Em abril, o Parlamento europeu aprovou resolução reconhecendo o extermínio cometido pelos turcos.
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