Sobreviventes gritam por socorro dentro de barco naufragado na China
Gritos pedindo socorro vindos de dentro do navio que naufragou no rio Yangtze, na província de Hubei (centro-leste da China), na noite de segunda (1º) ajudaram as equipes de resgate a chegar aos sobreviventes. A bordo, estavam 458 pessoas, em sua maioria turistas chineses.
Pelo menos 15 pessoas já tinham sido resgatadas na manhã desta terça (2), incluindo o capitão e o engenheiro-chefe. Ao menos cinco corpos foram encontrados.
Os socorristas começaram a ouvir os gritos ao subir no casco do navio, que está parcialmente submerso, mais de 12 horas depois do acidente.
Imagens de TV mostraram membros das equipes de resgate deitados no casco para escutar os sobreviventes. Um deles batia com um martelo na estrutura, esperando por respostas vindas de dentro da embarcação.
O professor de arquitetura naval e engenharia oceânica Chi-Mo Park, da Universidade Ulsan, na Coreia do Sul, disse à Associated Press que o fato de o navio ter ficado à deriva, parcialmente submerso, após virar é um bom sinal por significar que há bolsões de ar suficientes para que os sobreviventes respirem.
Editoria de Arte/Folhapress |
"Tudo depende de quanto espaço há dentro da embarcação", disse Park.
Segundo a agência oficial Xinhua, o capitão e o engenheiro-chefe contaram que o navio -que ia de Nanquim, no leste, para Chongqing, no centro do país- virou logo depois de ser atingido por um ciclone.
Os trabalhos de resgate prosseguem nesta terça, mas são dificultados pelo mau tempo, ventos fortes e chuva intensa.
Batizada de Estrela do Oriente, a embarcação tinha 76,5 metros de comprimento e 11 metros de largura e podia transportar até 534 pessoas. Segundo a rede estatal CCTV, o barco levava 406 passageiros chineses, 47 tripulantes e cinco funcionários de uma agência de turismo.
A maioria das 458 pessoas que viajavam no navio são turistas com entre 50 e 80 anos, informou o jornal oficial "Diário do Povo".
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Segundo a imprensa estatal, o presidente Xi Jinping ordenou o emprego de "todos os esforços possíveis" nas tarefas de resgate, e o primeiro-ministro, Li Keqiang, está a caminho do local para coordenar pessoalmente os trabalhos.
A empresa dona do navio, a Chongqing Eastern Shipping Corp., explora rotas de turismo na região das Três Gargantas, trecho do Yangtze próximo ao local do desastre.
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