G7 exige fim de crise na Ucrânia para suspender sanções à Rússia
Os líderes do G7 (grupo que reúne os sete países mais industrializados do mundo) disseram neste domingo (7) que manterão as sanções contra a Rússia até que o presidente russo, Vladimir Putin, e os separatistas pró-Moscou respeitem os termos do cessar-fogo com a Ucrânia.
As discussões sobre o conflito no leste ucraniano dominaram o primeiro dia do encontro do bloco, realizado este ano em um hotel de luxo na Bavária, sul da Alemanha.
A Rússia fazia parte do grupo, então G8, até ser excluída por causa da anexação da península da Crimeia, que era território ucraniano, em março do ano passado.
O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu aos demais membros do G7 que "enfrentem a agressão da Rússia", em uma referência à acusação das potências ocidentais de que Moscou dá apoio aos rebeldes que controlam parte do território ucraniano. O governo russo nega interferir no conflito.
Anfitriã da cúpula, a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que qualquer relaxamento das punições depende do comportamento russo diante da situação na Ucrânia.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, foi mais enfático: "Se alguém quiser começar a discutir uma mudança no regime de sanções, só poderia ser para propor seu endurecimento".
AFP |
Barack Obama com um copo de chopp durante almoço antes do encontro do G7, em Kruen, na Alemanha |
A tensão no leste da Ucrânia persiste desde fevereiro de 2014, quando ocorreram os primeiros protestos pró-Rússia –a região tem maioria étnica de russos.
Desde então, milícias separatistas tomaram importantes cidades, como Donetsk e Lugansk, e criaram um governo paralelo, que não responde mais à administração central, em Kiev, e presta lealdade a Moscou.
MERKEL E OBAMA
A cúpula também serviu para Obama e Merkel darem sinais de que superaram as recentes divergências, especialmente em relação à espionagem de Washington sobre a líder alemã.
"Minha mensagem aos alemães é simples: somos gratos por nossa amizade, por nossa liderança", disse Obama. "Seguimos juntos como aliados inseparáveis na Europa e ao redor do mundo."
Merkel foi na mesma linha: "Apesar de nossas opiniões divergentes, os EUA são parceiros essenciais".
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