Jovem palestino é morto por militares de Israel durante protesto em Gaza
Um palestino de 17 anos foi morto foi morto a tiros nesta sexta-feira (31) por policiais israelenses que patrulhavam a cerca que divide o Estado judaico da cidade de Beit Lahiya, no norte da faixa de Gaza.
A morte na fronteira aconteceu durante um protesto dos palestinos contra um incêndio criminoso provocado por extremistas israelenses que matou um bebê palestino e feriu seus pais e seu irmão em Duma, na Cisjordânia.
Mohammed Salem/Reuters | ||
Palestinos identificam o corpo de Mohammed al-Masri, morto pelo Exército de Israel em Gaza |
Segundo o Exército de Israel, o palestino morto e outro homem aproximaram-se do fosso de segurança próximo à cerca. Eles estavam em um grupo que tentava atirar pedras contra a barreira e os soldados.
Na versão israelense, os militares deram um alerta de parada. Como não foi obedecido, dispararam para o alto em sinal de advertência e, em seguida, um soldado atirou contra os membros inferiores do palestino que morreu.
As autoridades de saúde de Gaza identificaram a vítima como Mohammed al-Masri, 17. O outro jovem que estava a seu lado, que não foi identificado, foi baleado e está gravemente ferido.
Na Cisjordânia, um terceiro palestino foi baleado e ferido pelas forças israelenses em Berzeit, ao norte de Ramallah. O Exército israelense afirma que ele havia atirado um coquetel molotov contra um posto de controle militar.
Abed Al Haslhamoun/Efe | ||
Palestinos entram em confronto com agentes de segurança de Israel em Hebron, na Cisjordânia |
REVOLTA
Os confrontos após o incêndio criminoso na Cisjordânia repetiram-se em outras cidades palestinas. Manifestantes atiraram pedras e queimaram pneus na cidade de Qadum, perto de Nablus, na Cisjordânia.
Em Jerusalém, um policial israelense foi ferido depois que um palestino quebrou uma garrafa em sua cabeça na Cidade Velha. Também houve confrontos no bairro de Isawiya, do lado oriental da cidade.
As autoridades israelenses rapidamente condenaram a ataque, tentando evitar uma nova sublevação nos territórios palestinos ocupados. Há cerca de um ano, teve fim uma guerra entre Israel e o governo do Hamas que deixou mais de 2.300 mortos.
"Isso é um ataque terrorista. Israel age com firmeza contra o terrorismo, não importa quem comete", disse o premiê Binyamin Netanyahu, em declaração, garantindo que os autores do atentado serão levados à Justiça. Mais tarde, Netanyahu chamou o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, para um encontro em que prestará suas condolências.
Também o presidente israelense, Reuven Rivlin, anunciou que visitará os familiares do bebê, hospitalizados em estado grave, ainda nesta sexta (31).
Bebê palestino é morto por extremistas israelenses na Cisjordânia
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