Empresária republicana rouba cena em debate da 'série B' do partido
De figurino rosa reforçando a feminilidade ao lado de seis homens, na maioria mais altos que ela, a empresária americana Carly Fiorina se destacou no debate dos pré-candidatos mais mal colocados realizado na quinta (6) pela Fox News.
A ex-executiva-chefe da empresa de tecnologia HP (Hewlett-Packard) estava confiante, não perdeu o ritmo e foi a autora da frase mais picante de um debate de poucos confrontos.
Scott Olson - 6.ago.2015/AFP | ||
Carly Fiorina, pré-candidata para a vaga dos Republicanos nas eleições presidenciais, durante debate |
"Eu não recebi uma ligação do [ex-presidente] Bill Clinton antes de lançar minha candidatura. Alguém aqui recebeu?", ironizou. "Talvez porque eu não tenha doado dinheiro para a Fundação Clinton e para campanha de sua mulher [Hillary] ao Senado."
Em um debate cujos únicos alvos foram os líderes das disputas republicana, Donald Trump, e democrata, Hillary Clinton, Fiorina ainda ganhou um elogio de bandeja.
O ex-governador do Texas Rick Perry disse que "preferiria muito mais" tê-la negociando com o acordo nuclear com o Irã do que John Kerry, o atual secretário de Estado americano.
A ex-empresária afirmou que, em seu primeiro dia na Casa Branca, se eleita, telefonaria para o seu "amigo Bibi (Binyamin) Netanyahu", primeiro-ministro de Israel, para "reassegurar" a aliança com os EUA.
O israelense afirmou, há um mês, que o mundo "será um lugar muito mais perigoso com o acordo.
"Também telefonaria para o líder do supremo do Irã. Ele poderia não atender meu telefonema, mas receberia minha mensagem. Minha mensagem é essa: 'Até que o senhor dê acesso a toda instalação militar, a qualquer hora, em qualquer lugar, para inspeções de verdade, faremos o possível para dificultar que você movimente dinheiro pelo sistema financeiro global", continuou Fiorina.
Nascida em Austin, Texas, Carly Fiorina tem 60 anos e nunca ocupou uma função política. Ela disputou uma cadeira no Senado em 2010 pela Califórnia, mas foi derrotada.
Durante a campanha, em 2009, ela lutou contra um câncer de mama e perdeu a enteada. Lori, que ela chama de filha, tinha problemas com álcool, medicação controlada e bulimia.
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