Obama quer mais navios dos EUA monitorando o oceano Ártico
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou, nesta terça-feira (1º), no Alasca, a intenção de acelerar o processo de compra de navios capazes de quebrarem gelo para melhor monitorar o oceano Ártico em território americano.
Ainda que o aquecimento global seja o cerne da viagem do presidente ao extremo norte do país, consequências geopolíticas justificam a cobrança por ações mais energéticas por parte da Casa Branca.
O derretimento de geleiras intensificou o tráfego marinho no Ártico. Especialistas alertam que a Rússia possui uma frota naval maior e mais eficaz que a americana.
A intenção é comprar um navio até 2020, e não mais até 2022, Obama afirmou na cidade costeira de Seward, cujo nome é uma homenagem ao ex-secretário de Estado William Seward, que negociou a compra do Alasca da Rússia, em 1867.
A frota americana de navios quebra-gelo foi reduzida de sete para três unidades, em mau estado de conservação, sendo que apenas um deles é de grande porte, segundo a Casa Branca.
A Rússia tem 40 embarcações do tipo, mais 11 em construção ou em processo de compra, segundo os EUA.
Restará ao presidente convencer o Congresso da importância do equipamento, avaliado em US$ 1 bilhão.
Obama liberou há 15 dias a exploração de petróleo no Ártico, diante da pressão de políticos e investidores do Alasca a favor da principal fonte de renda do Estado.
A proteção do território americano se torna ainda mais relevante com a atividade.
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