Incêndio atinge acampamento de refugiados na Eslovênia
Um acampamento de refugiados pegou fogo na Eslovênia nesta quarta (21), na cidade de Brezice, perto da fronteira com a Croácia. Não há informação sobre feridos.
Embora as causas do incêndio não estejam apuradas, é possível que ele esteja relacionado aos métodos precários que os estrangeiros têm usado para se aquecer com a aproximação do inverno europeu e a consequente queda das temperaturas.
Bombeiros apagaram as chamas, que consumiram diversas tendas, enquanto mulheres e crianças eram removidas do acampamento. Muitos dos refugiados em Brezice haviam chegado tarde da noite após cruzar pela água o rio Sutla com a temperatura ambiente inferior a 10°C.
Sérvia, Croácia e Eslovênia têm enfrentado dificuldades para lidar com o fluxo de refugiados que cruzam os Bálcãs na tentativa de chegar até os países mais ricos da Europa, principalmente a Alemanha.
A viagem se tornou mais difícil desde que a Hungria fechou suas fronteiras com a Sérvia, em 15 de setembro, e com a Croácia, no sábado (17).
Desde então, mais de 20 mil refugiados entraram na Eslovênia, via Croácia, na tentativa de encontrar novas rotas. O país, de cerca de 2 milhões de habitantes, alega não ter condições de fornecer assistência a tantas pessoas.
A Eslovênia aprovou na manhã desta quarta o envio do Exército para auxiliar a polícia no controles do fluxo de estrangeiros em suas fronteiras.
Centenas de pessoas também passaram a noite de terça para quarta no frio perto da fronteira entre a Croácia e a Sérvia.
Francesca Bonelli, enviada da ONU para o local, afirmou que cerca de 3.000 estrangeiros se encontravam no local, incluindo crianças, idosos e pessoas em cadeiras de rodas. Muitos deles estavam exaustos pelo frio e pelo esforço que a viagem demanda.
500 MIL
Segundo o Acnur (Alto Comissariado da ONU para Refugiados), mais de 500 mil pessoas já atravessaram o mar em direção à Grécia para solicitarem asilo na Europa em 2015. As chegadas estão se torando mais frequentes e já chegam a 8.000 por dia, disse o órgão, na segunda.
A maioria vem da Síria, Iraque e Afeganistão, fugindo dos conflitos que assolam a região. Eritreia, Somália e Nigéria também são a origem de boa parte dos estrangeiros.
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