Polícia belga realiza operações em bairro de origem de extremistas
Autoridades belgas realizaram uma série de buscas na região de Bruxelas na manhã desta quinta-feira (19). Houve operações em Jette, Uccle e Molenbeek –este último, um bairro periférico ligado a alguns dos suspeitos do massacre de Paris.
Um oficial belga informou à agência Associated Press que houve nove operações no país, que resultaram na detenção de nove suspeitos.
Houve buscas específicas por pessoas possivelmente conectadas a Bilal Hadfi, que morreu ao explodir uma bomba em Paris, na sexta-feira (13).
Pouco após as buscas, a reportagem da Folha esteve em regiões como Molenbeek, centro da operação. Não havia qualquer sinal de distúrbio na praça central, onde prosseguia uma feira de frutas embaixo da garoa fina.
O governo belga deve endurecer suas medidas de segurança, após ter sido estabelecido um vínculo entre diversos terroristas e este país. Charles Michel, o premiê da Bélgica, sugeriu que militantes retornando ao país sejam imediatamente enviados à prisão.
Michel também disse que deve alocar 400 milhões de euros (R$ 1,6 bi) a mais para combater o extremismo.
As medidas propostas pelo primeiro-ministro incluem também maior controle nas fronteiras e o desmantelamento de lugares de culto que funcionem às margens do governo.
A Bélgica é o país europeu que mais possui extremistas islâmicos per capita que deixam o país para receber treinamento e lutar na Síria.
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