Israel prende radicais judeus ligados a incêndio a casa de palestinos
O governo de Israel anunciou nesta quinta-feira (3) a prisão de diversos extremistas judeus acusados de terem ligação com os autores do incêndio criminoso à casa de uma família palestina na Cisjordânia em julho.
O ataque, em que morreram queimados um casal e um bebê de 18 meses, é visto como um dos motivos para a onda de violência entre israelenses e palestinos que se intensificou em outubro no Oriente Médio.
Baz Ratner/Reuters | ||
Soldados e policiais israelenses cercam a área onde um palestino foi morto na Cisjordânia nesta quinta |
Segundo a Shin Bet, a agência de inteligência interna de Israel, os presos são jovens membros de um grupo terrorista judeu e que agentes conseguiram confirmar suspeitas concretas de ligação com o incêndio criminoso.
As prisões acontecem após o Ministério da Defesa dizer que a ação tinha envolvimento de extremistas judeus, mas sem apresentar provas. O ataque aos palestinos foi condenado por diversos setores políticos de Israel.
As prisões ocorrem quase cinco meses após o crime. A demora nas investigações fez com que os palestinos acusassem a Justiça de Israel de avaliar o caso de forma injusta e desigual por se tratarem de árabes.
O único sobrevivente do atentado à casa da família Dawabsheh, em Duma, foi Ahmad, 4, que ainda está internado em um hospital de Tel Aviv. Seus pais morreram na hora e seu irmão, horas depois de receber atendimento médico.
NOVO ATAQUE
Nesta quinta (3), a Cisjordânia foi palco de um novo confronto entre israelenses e palestinos. Um homem palestino foi morto depois de abrir fogo contra soldados israelenses perto do vilarejo de Hizme, na periferia de Jerusalém.
Um militar e um civil de 47 anos, ambos israelenses ficaram levemente feridos. O ataque, porém, não segue o padrão das últimas ações de palestinos contra israelenses, normalmente ataques a facadas ou atropelamentos.
Desde meados de setembro, o conflito deixou 19 mortos do lado de Israel, dentre eles um eritreu e um americano. Ao menos 101 palestinos morreram, dos quais 66 foram considerados autores de ataques pelo Estado judaico.
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