Governo americano diz que conseguiu desbloquear iPhone de terrorista
O governo americano abandonou uma batalha legal contra a Apple após ter conseguido desbloquear o iPhone usado por um dos terroristas do ataque em San Bernardino (na Califórnia), em dezembro de 2015.
Até a semana passada, o governo insistia que a empresa deveria criar um software para que fosse possível driblar o sistema de bloqueio do aparelho usado por Syed Rizwan Farook, responsável, ao lado da mulher Tashfeen Malik, pela morte de 14 pessoas.
Em documento apresentado a uma corte, nesta segunda (28), o Departamento de Justiça diz que "não precisa mais" do auxílio da Apple.
Mike Segar/Reuters | ||
Logo da Apple em Manhattan, Nova York, em foto de julho de 2015 |
O caso criou enorme polêmica sobre os limites das investigações policiais frente à privacidade dos usuários.
A Apple argumentava que o software desejado pelo governo não existia e, se criado, poderia ser utilizado em outros casos, o que diminuiria a segurança do usuário.
O governo defendia que o uso do software seria pontual, mas, ao mesmo tempo, tinha outras ações demandando acesso a iPhones em diversos casos judiciais.
A Apple ganhou o respaldo de lideranças de empresas de peso do setor, como Google, Facebook e Microsoft.
A empresa não comentou o caso nesta segunda (28).
No mês passado, o jornal "The New York Times" informou que a Apple já estava em processo de desenvolver um novo sistema de segurança para o iPhone, o que impediria o acesso forçado que o governo então desejava.
O que o FBI (polícia federal americana) buscava, até esta segunda-feira, era que a Apple criasse um jeito de driblar o sistema que apaga as informações do telefone após dez tentativas consecutivas de digitar senhas erradas.
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