Manifestantes kirchneristas protestam contra Macri em Buenos Aires
Juan Mabromata/AFP | ||
Manifestantes protestam diante da Casa Rosada contra o presidente argentino Mauricio Macri |
Kirchneristas se reuniram na noite desta quinta-feira (7) na Praça de Maio, diante da Casa Rosada, em Buenos Aires, em um protesto contra o presidente argentino, Mauricio Macri.
Os manifestantes gritavam "vamos voltar" e cantavam uma música semelhante à da Copa de 2014: "Macri, decime qué se siente, lavar la plata en Panama" (Macri, diga-me o que sente, lavar dinheiro no Panamá).
Também houve falas contra a inflação acelerada e as demissões no setor público. O ato foi organizado pela internet para pedir que o presidente seja julgado na Justiça.
No último domingo (3), o mandatário foi citado pela investigação internacional "Panama Papers" como diretor de uma empresa constituída no paraíso fiscal de Bahamas.
A Casa Rosada informou que Macri nunca declarou a empresa entre seus bens por não ter ativos da sociedade nem haver recebido pagamentos dela.
O mandatário afirmou que irá se apresentar nesta sexta-feira (8) à Justiça para que se verifique seu envolvimento na offshore.
Ele acrescentou que pedirá uma "declaração de certeza", documento que juízes podem emitir após checarem a veracidade de informações.
"Estou tranquilo porque cumpri com a lei, informei a verdade e não tenho nada a ocultar. (...) Estou à disposição de qualquer juiz que requeira informações para verificar o que estou dizendo."
O presidente acrescentou que já enviou todos os documentos da offshore Fleg Trading ao Departamento Anticorrupção e que também os encaminhará à Justiça civil.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis