Sobe para 646 o número de vítimas de terremoto no Equador
O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou neste sábado (23) que subiu para 646 o número de mortos devido ao terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o país uma semana atrás.
Além dos mortos, outras 12,5 mil pessoas ficaram feridas, 130 ainda seguem desaparecidas e mais de 26 mil estão desabrigadas. Dessa forma, este tremor torna-se o pior a atingir o Equador em 70 anos.
Em discurso, o presidente decretou oito dias de luto oficial no país e pediu calma à população diante das mais de 700 réplicas registradas nos últimos sete dias. "Têm sido dias muito tristes. O país está em crise", afirmou Correa.
Às 18h58 locais (20h58 em Brasília), mesma hora em que ocorreu o primeiro tremor, alguns equatorianos fizeram três minutos de silêncio e apagaram as luzes de suas casas, em convocação feita nas redes sociais.
Apesar de o luto nacional ter sido decretado neste sábado, muitas cidades do país, incluindo Quito e Guayaquil, estão com suas bandeiras a meio mastro desde o início da semana.
A expectativa do governo é que sejam gastos até US$ 3 bilhões (R$ 10,5 bilhões) na reconstrução, o equivalente a 3% do PIB equatoriano. Analistas, no entanto, consideram que o valor poderá chegar até US$ 10 bilhões.
Para tanto, Correa anunciou uma série de aumentos de impostos. O FMI (Fundo Monetário Internacional) ofereceu ao Equador um empréstimo sem condições iniciais para dar mais recursos ao país para se recuperar da tragédia.
AJUDA
Neste sábado, a França anunciou o envio de 30 militares e 21 toneladas de material ao Equador para atender as vítimas.
Durante a tarde, também saiu do Brasil o avião da FAB com as doações de remédios, mantimentos e água feita pelo governo brasileiro. O Hércules C-130 pousará em Quito, de onde está saindo a maior parte da ajuda humanitária.
Em reunião em Quito, o conselho de chanceleres da Unasul fez uma declaração de apoio ao Equador e se ofereceu nos esforços para recuperar as áreas mais afetadas pela tragédia.
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