Maioria defende que EUA reduzam papel no mundo
O apoio dos americanos ao aumento de gastos militares está no maior nível desde o 11 de Setembro. Ao mesmo tempo, a maioria prefere que os EUA cuidem dos próprios problemas e reduzam seu envolvimento na segurança mundial.
As conclusões são de estudo divulgado nesta quarta (5) pelo Instituto Pew, que mostra o público americano favorável ao discurso do virtual candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump. Sob o lema "América primeiro", ele defende o fortalecimento militar dos EUA e menos intervenções no exterior.
"O público vê o papel dos EUA no mundo com apreensão. A maioria dos americanos diz ser melhor que os EUA lidem só com seus problemas e deixem outros países lidarem com os deles", diz o estudo.
Segundo a pesquisa, 57% acham que os EUA devem reduzir sua ação internacional -eram 52% em 2013. Os que aceitam ajudar outros países são 37%.
Mais americanos dizem que os EUA fazem demais (41%) para resolver os problemas do mundo (outro ponto martelado por Trump); 27%, que não faz o suficiente; e 28%, que a medida está correta.
Também em relação à integração econômica, o pensamento médio se encaixa no que prega Trump contra os acordos comerciais internacionais. Para 49%, o envolvimento econômico dos EUA com o mundo é ruim, pois baixa salários e corta empregos.
A visão de que os acordos abrem mercados para os EUA, e portanto são positivos, é apoiada por 44%. Entre eleitores de Trump, 67% se opõem a elevar a importação de países em desenvolvimento.
A tese de Trump de que os EUA estão em decadência ressoa entre a maioria, indica a pesquisa. Quase metade (46%) diz que em dez anos os EUA perderam importância, e só 21% afirmam que se fortaleceu.
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