Multinacional Kimberly-Clark suspende operações na Venezuela
A multinacional de produtos de higiene pessoal Kimberly-Clark anunciou no fim de semana a suspensão por tempo indefinido das suas operações na Venezuela. A decisão foi tomada por conta das "deterioração das condições econômicas e de negócios" no país.
Em comunicado, a Kimberly-Clark disse que a decisão reflete a falta de verba para adquirir matéria-prima, bem como "o rápido aumento da inflação". Estes fatores, explica, tornam "impossível operar" no país.
Carlos Jasso/Reuters | ||
Prédio da multinacional Kimberly-Clark em Maracay, na Venezuela |
A empresa americana, fabricante de papel higiênico e fraldas, entre outros produtos, disse que se houver mudança nas condições vai avaliar no futuro viabilidade de retomar suas atividades no país.
A determinação da Kimberly-Clark, instalada no país por mais de duas décadas, irá afetar diretamente milhares de trabalhadores.
CRISE
A crise na Venezuela tem afetado o funcionamento de empresas internacionais. Várias delas decidiram paralisar temporariamente ou indefinidamente suas operações.
Em maio, devido à falta de açúcar, a Coca-Cola suspendeu grande parte da sua produção, que foi retomada em junho. Da mesma forma, grupos como Heinz e Kraft também pararam atividades.
Mas não são apenas as empresas multinacionais as afetadas. Grupos locais, como a cervejaria Polar, líder na Venezuela e maior produtora de alimentos no país, desaceleraram sua produção.
Presidente Nicolas Maduro acusa a oposição e gestores de empresas para incentivar a crise, denunciando "uma guerra econômica" para criar o caos e tentar removê-lo do poder.
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