Ex-presidenciável republicano censura Trump sobre críticas a pais de soldado
O candidato republicano nas eleições à Casa Branca, Donald Trump, reclamou nesta segunda (1º) de ser "violentamente atacado" pelo pai de um muçulmano morto no Iraque em 2004, enquanto servia o Exército americano, continuando a polêmica que se arrasta desde a semana passada.
Por sua reação, Trump recebeu críticas até de seus colegas republicanos, incluindo John McCain, senador e ex-candidato à Casa Branca.
Na quinta (28), durante a convenção democrata, Khizr Khan fez um discurso comovente ao lado da mulher, Ghazala, sobre a morte do filho, o capitão Humayun Khan, aos 27 anos. E dirigiu críticas ao candidato republicano.
Robyn Beck/AFP | ||
Os pais de Humayun Khan, morto no Iraque, discursam em convenção com foto do filho ao fundo |
"Você nunca sacrificou nada nem ninguém", disse Khizr sobre Trump, a quem acusou de "manchar a imagem dos muçulmanos".
Em resposta, durante o final de semana, Trump criticou os Khan, que emigraram do Paquistão. Nesta segunda (1º), disse: "O Sr. Khan, que não me conhece, me atacou violentamente do palco da convenção democrata e, agora, está fazendo de novo na televisão. Que beleza!".
Também nesta segunda, o senador John McCain disse que o fato de Trump ter sido indicado pelo partido como seu candidato não dá a ele "uma licença sem restrições para difamar os melhores entre nós".
E, ainda: "Eu gostaria de dizer ao Sr. e à Sr.a Khan: obrigado por terem emigrado para a América. Somos um país melhor por causa de vocês".
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis