Suprema Corte autoriza referendo de reforma constitucional na Itália
A Suprema Corte de Cassação da Itália, órgão máximo do Judiciário do país, autorizou nesta segunda-feira (8) a realização do referendo que o premiê, Matteo Renzi, defende como garantia de estabilidade política.
A Corte validou as mais de 500 mil assinaturas requeridas por lei para a realização da consulta popular sobre o fim do bicameralismo paritário na Itália, com a redução de poderes do Senado, a diminuição do número de parlamentares, a redução do orçamento destinado aos órgãos públicos e a extinção do Cnel (Conselho Nacional da Economia e do Trabalho, na sigla em italiano), composto por 121 conselheiros que contribuem com a legislação econômica.
O governo tem agora 60 dias para escolher uma data para a votação, que é esperada para ocorrer entre outubro e dezembro. O primeiro-ministro já disse que irá renunciar caso a população rejeite a reforma constitucional que será colocada em votação.
Em entrevista à Folha na semana passada, Renzi afirmou que a aprovação da reforma constitucional pelo referendo "permite dar à Itália um país mais simples". "Em 70 anos, a Itália mudou 63 vezes de governo. Finalmente, os italianos poderão reduzir os custos da classe política."
Fabio Braga/Folhapress | ||
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, em entrevista à Folha durante visita a São Paulo |
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