Em cerimônia no Rio, Serra afirma que Venezuela não presidirá o Mercosul
Em cerimônia de homenagem aos 11 atletas e técnicos israelenses assassinados na olimpíada de Munique em 1972, neste domingo (14), o ministro das Relações Exteriores, José Serra, afirmou enfaticamente que a Venezuela não vai presidir o Mercosul.
"A Venezuela –o presidente Nicolás Maduro– não vai presidir o Mercosul. Essa certeza todos podem ter", disse.
Boris Vergara/Xinhua | ||
Militares venezuelanos se preparam para hastear a bandeira do Mercosul em Caracas, em 5 de agosto |
O Mercosul está sem presidente desde o dia 1º de agosto, depois que o Uruguai deixou a presidência rotativa, mas Paraguai e Brasil apresentaram resistência para que a Venezuela assumisse.
O governo venezuelano seria o próximo a assumir o posto, por seis meses, na sequência estabelecida, que é a ordem alfabética dos países. Caracas já esteve à frente do bloco de julho de 2013 a julho de 2014, mas agora o argumento do Brasil, do Paraguai e da Argentina é que o país não cumpriu todas as exigências para se tornar membro permanente do bloco até o prazo do último dia 12.
Serra também lamentou as manifestações de antissemitismo na Rio 2016, que chamou de "deploráveis". Um judoca egípcio se recusou, na última semana, a apertar a mão de um judoca israelense.
Pela primeira vez, o COI (Comitê Olímpico Internacional) fez uma homenagem oficial aos atletas israelenses mortos por terroristas palestinos em 1972, com cerimônia na vila dos atletas na semana passada.
Neste domingo, a Prefeitura do Rio fez uma homenagem no palácio da cidade. "É um avanço do COI, que se omitiu de alguma forma desde 1972. É a primeira vez que faz um reconhecimento dentro da própria Olimpíada. Vejo com alegria a homenagem a essas pessoas que foram assassinadas pelo fanatismo, pelo terrorismo."
Em relação à preocupação com o terrorismo nos jogos do Rio, Serra afirmou: "Havia um certo exagero, mas de todo modo precisamos ficar bastante vigilantes".
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