Yahoo chama de 'enganosa' notícia de que examinou e-mails de usuários
O Yahoo reagiu nesta quarta (5) à notícia de que teria criado secretamente um programa personalizado para examinar e pesquisar todos os e-mails recebidos por usuários de seus serviços.
Em uma declaração pública, a empresa evitou negar totalmente a informação divulgada na véspera, mas chamou a reportagem da agência Reuters de "enganosa".
Pascal Lauener/Reuters | ||
A presidente-executiva do Yahoo, Marissa Mayer |
Segundo o Yahoo, "a pesquisa de e-mails descrita não existe" em seus sistemas.
"Interpretamos de maneira restritiva cada solicitação do governo para obter dados de usuários para reduzir ao mínimo o que divulgamos", explicou a empresa.
Antes disso, a empresa havia dito apenas que obedece à legislação e cumpre as leis dos Estados Unidos.
Segundo reportagem da Reuters, a empresa cumpriu uma diretriz secreta do governo dos EUA, pesquisando centenas de milhões de contas do Yahoo Mail por ordem da Agência Nacional de Segurança ou da polícia federal norte-americana, FBI.
A notícia de que o Yahoo pesquisou e-mails levou autoridades europeias a questionarem se dados de seus cidadãos foram obtidos de forma irregular nos Estados Unidos. O caso poderia atrapalhar as negociações de um acordo de compartilhamento transatlântico de dados.
Políticos do continente cobraram da Comissão Europeia, órgão executivo da UE, medidas contra a suposta pesquisa de e-mails.
O Comissário de Proteção de Dados da Irlanda, principal órgão regulador europeu em assuntos de privacidade relacionados ao Yahoo, informou que realiza uma investigação sobre o caso.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis