Após perder territórios, EI faz ataques com tiros e bombas no norte do Iraque
Atiradores e homens-bomba da facção terrorista Estado Islâmico (EI) realizaram ataques nesta sexta-feira (21) contra edifícios do governo na cidade de Kirkuk, no norte do Iraque, e contra uma central elétrica a 40 quilômetros dali.
As autoridades curdas, que controlam a cidade, decretaram toque de recolher.
Os relatos sobre a quantidade de mortos nos ataques são conflitantes. Segundo a agência de notícias Associated Press, 13 trabalhadores da central elétrica, incluindo quatro iranianos, foram mortos após terroristas se explodirem. De acordo com a Reuters, 18 pessoas, incluindo trabalhadores da central elétrica e membros das forças de segurança, morreram nos ataques.
Dezenas de extremistas armados com granadas e fuzis foram vistos nesta sexta-feira em vários bairros de Kirkuk. Um correspondente da agência AFP observou vários deles em uma rua do bairro Adan. Testemunhas relataram a presença de pequenos grupos de homens armados em mesquitas e prédios em outras áreas da cidade.
MOSSUL
Os ataques do EI sobre Kirkuk ocorrem em meio a uma ofensiva liderada pelo Exército iraquiano para retomar das mãos da facção a cidade de Mossul, a cerca de 170 quilômetros dali, bastião dos extremistas no país.
A porta-voz das ONU (Organização das Nações Unidas) disse nesta sexta-feira que há relatos de que terroristas do EI teriam sequestrado 550 famílias de vilarejos ao redor de Mossul e provavelmente as estão utilizando como escudos humanos.
Ela também disse que a ONU está investigando relatos de que o EI teria assassinado 40 civis em um dos vilarejos.
Em alguns dias de operação tropas iraquianas e curdas conseguiram expulsar os terroristas de vilarejos e cidades ao redor de Mossul.
Nesta quinta-feira (20), as forças especiais do Iraque anunciaram ter retomado das mãos do Estado Islâmico a cidade de Bartella, a cerca de 15 quilômetros a leste de Mossul.
Segundo o tenente-general Talib Shaghati, a conquista de Bartella é "importante" para a ofensiva militar para retomar Mossul.
Iniciada há quatro dias, a operação para retomar Mossul deve durar semanas ou meses.
Participam da batalha cerca de 30 mil combatentes do Exército iraquiano, das forças peshmerga curdas e de milícias árabes aliadas. A coalizão internacional liderada pelos EUA dá apoio técnico à ofensiva e realiza ataques aéreos contra posições do EI.
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