Em Cuba, população se divide entre festa e lamento pela morte de Fidel
O clima era ameno pelas ruas de Havana na manhã deste sábado (26), após a morte do principal ícone da revolução cubana, Fidel Castro.
No final da noite de sexta (25), quando Raul Castro foi à televisão fazer o pronunciamento oficial da morte do irmão, o sentimento era de incerteza sobre como Cuba amanheceria.
A população, porém, acredita que pode haver embate entre governo e a oposição durante o dia, uma vez que é esperada a chegada de Berta Soler, líder de um grupo contra o regime de Fidel e Raúl, chamado Donas de Branco (em tradução livre). A mulher estaria em visita aos EUA e viria a Havana neste sábado (26).
A expectativa é que cidadãos contrários ao governo se reúnam pelas ruas de Havana velha, área de grande movimentação na capital.
A notícia da morte de Fidel foi encarada de formas diferentes pelos cubanos.
Enquanto alguns comemoravam pelas ruas, outros lamentavam a morte do ditador, visto como herói por parte da população, principalmente pelas pessoas mais velhas, que viram de perto este trecho recente da historia.
Os cubanos mais jovem carregam uma mentalidade menos romântica da revolução e reclamam do isolamento em que vivem. É comum andar pelas ruas e encontrar pessoas vestindo o símbolo americano dos pés à cabeça e ver placas nas casas contra o embargo.
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