Notícias de público na posse oferecem 'fatos alternativos', diz time de Trump

MARCELO NINIO
DE WASHINGTON

"Fatos alternativos". Assim Kellyanne Conway, do primeiro time de assessores do novo governo americano, definiu as informações falsas transmitidas pela Casa Branca sobre o tamanho do público que foi à posse de Donald Trump.

Depois de comandar a vitoriosa campanha de Trump, Conway manteve o posto de principal apagadora de incêndios do chefe, e o maior neste início de governo é na relação com a imprensa.

Âncora de um dos principais programas de debates políticos dos EUA, Chuck Todd, da NBC, esbravejou com Kollyanne Conway quando ela descreveu os dados incorretos citados pelo porta-voz como "fatos alternativos". "Fatos alternativos não são fatos. São falsidades", rebateu Todd, dizendo que elas são destrutivos para a credibilidade da Casa Branca.

Conway disse que a ameaça de chuva pode ter encolhido o público da posse de Trump, mas que o tamanho não importa. "Não acho que em última análise os presidentes são julgados pelo tamanho dos públicos em suas posses. Acho que são julgados pelas suas realizações".

Ela também deu uma indireta à Marcha das Mulheres, que reuniu milhares de pessoas no mundo contra Trump, dizendo que 30 milhões de mulheres votaram em Trump e "também merecem ser ouvidas".

Outro membro da tropa de choque de Trump, o chefe de gabinete Reince Priebus, deixou claro que o novo governo não pensa em trégua na "guerra" contra a mídia. "Há uma obsessão da mídia em deslegitimar o presidente e nós não vamos ficar sentados esperando isso acontecer", disse à TV conservadora Fox, único veículo de mídia que Trump tem poupados dos ataques.

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